sábado, 2 de junho de 2012

4- Departamento dos Anjos da Guarda


– Onde é que você está indo, hein Cathy? – ouvi Lijia perguntar lá da cozinha. Já estava na porta da sala tentando passar de fininho. Planos destruídos. – Você já faltou à aula hoje e agora esta tentando fugir de casa sem explicações? Volte aqui.
Não havia contado nada pra Lijia. Até por que, havia uma grande chance de ela ter algum tipo de ataque e – por Deus! – falecer.
Voltei  pra cozinha, olhando para os pés. Que infantil.
– Sim? – perguntei.
– Por que não foi a aula hoje?
– Doença.
Eu tinha um encontro no período de aula...
– O que se tem, menina? – e me arrependi na mesma hora de mentir ao ver Lijia com o olhar todo preocupado.
Todos os problemas possíveis misturados, nada demais...
– Já passou, não era nada. Mas agora vou sair...
– Com quem?
...Sam!
– Lisa – o nome da minha amiga que vivia me visitando, e que adorava foi o primeiro a passar na minha cabeça. E me arrependi novamente de mentir ao ver o sorriso de “muito bem” de vó.
– Bem...tudo bem então...estando com ela estará bem. Mas volte cedo!
Se eu sobreviver...
– Claro, claro!
E me virei e sai gritando um “tchau” da porta da sala.


Sam esperava ao lado do elevador. Braços cruzados, sorriso bad-boy­, jeans preto, camiseta branca e all-star. Lindo!
– Oi. – Cumprimentei. Ele  me deu um selinho em resposta e entramos no elevador. Ficamos olhando um pra cara do outro, sem saber o que fazer.
– Eai? – ele pergunta.
– Eai o quê?
– Onde estamos indo?
– No encontro com Alice, A Esquisita.
Ele sorri.
– Eu sei. Mas por que estamos descendo o elevador, se era pra escrever o nome dela no livro?
Hesito.
– Hã...
– Cadê o livro? Dê ele aqui.
Tiro-o da bolsa e o entrego. Ele abre a primeira página e tira uma caneta do bolso da camiseta. Só o Sam pra ter uma caneta no bolso da camiseta.
– Qual o nome dela mesmo?
– Vamos agora?!
– O encontro não é pra hoje? – diz, rindo.
– Alice Lian – digo. – Talvez a gente tenha que estar de mãos dadas...sabe, pra ir os dois.
– É. – Ele me dá o braço e eu o seguro. Sam pega a caneta. O elevador para. Ele escreve “Alice”. As portas começam a abrir. Sam escreve “Lian”.  Tenho um vislumbre do saguão de entrada e tudo fica escuro.

Meu estomago deve ter ficado no elevador, pois quando a claridade veio, quase vomitei.
Estávamos em frente ao que pareceu ser um prédio de escritório antigo, velho e acabado. Olhei ao redor, apreensiva, era uma rua pequena, de construções antigas e abandonadas. Alias, estava tudo abandonado ali. Algumas casas de madeira ao lado do prédio, outros prédios pequenos do outro lado da rua. Não havia sinal de vida pela rua.
– Será aqui? – pergunta Sam, olhando também ao redor.
– É, vamos entrar nesse prédio ai – indiquei com a cabeça o prédio a nossa frente. Havia muitas pichações,  mas até elas pareciam antigas.
Para nossa surpresa, havia um velhinho de barba branca e – caramba! – terno e gravata sentado atrás de uma escrivaninha. O lugar estava ainda mais feio e me perguntei o que levava uma pessoa a ir trabalhar naquela solidão assustadora.
O velhinho de terno estava dormindo em uma cadeira, os pés em cima da mesa e a boca aberta. Ele aparentava uns 60 anos de longe, mas ao chegarmos mais perto, reparei que 80 anos cairia melhor.
Sam olhou para o velhinho e depois pra mim, pro velhinho, pra mim, ao redor, pra rua, pra mim.
– Argh! Pare com isso! – gritei. O velhinho acordou de um pulo ao ouvir meu grito e a risada de Sam. Ele nos encarou com um olhar que dizia claramente “aqui não é creche pra crianças.”
– Ahhhh. Desculpe. Desculpe. Desculpe – disse, olhando ao redor como se pensasse que veria monstros entrando para nos arrancar de lá aos chutes.
– O que é que vocês querem? – perguntou, rispidamente. Ele começou a ajeitar o terno e a se postar corretamente na cadeira.
– Viemos...
O que viemos fazer aqui? O problema é que eu não conseguia dizer o nome de Alice. Só conseguia encarar aquele velho carrancudo, com medo.
Mas Sam me salvou, por toda a felicidade.
– Viemos ver Alice Lian.
O velho respondeu no mesmo tom de voz, de imediato.
– Não tem nenhuma Alice Lian aqui!
Sam mostra ao velho o livro. O velho balança a cabeça em um movimento positivo. Havia entendido.
– Está bem. Está bem. Está bem! – repete. – Há alguns meses não recebo visitas aqui.. e... – ele começou a resmungar algo incompreensível e a folhear o livro.
Abriu na página: 86. Começou a escrever em latim e – não sei como – entendi:
Dicasterio custos angeli
Departamento dos Anjos da Guarda? Brincadeira!
O Velho-Que-Eu-Não-Sabia-O-Nome entregou o livro de volta para Sam e disse:
– Coloque sua mão no nome, menino – ordenou. – Se for levar acompanhante é melhor que ela ai – apontou pra mim –, segure seu braço.
Sam assentiu e me deu o braço, como no elevador. Com a mão ele segurou o livro e com a outra colocou sobre o nome. Não deu tempo nem de dizer “obrigada” ao velhinho, e já estávamos mergulhando em uma escuridão assustadora. Um clarão inundou nossos olhos e os fechei rapidamente. Uma náusea e enjôo me pegaram de surpresa e de repente eu estava vomitando na minha frente. Abri os olhos e vi Sam fazendo o mesmo. Que deselegante!
Olhei pra frente, algumas pessoas passavam e nos olhavam, mas poucas, a maioria passava como se aquilo fosse normal.
Estávamos em um centro comercial. Prédios iguais. Homens sérios de terno e gravata e mulheres de vestidos pretos sociais. A rua era tão limpa que me arrependi amargamente de ter a sujado. Olhei pro Sam, ele estava sentando na calçada, tão pálido que fiquei imaginando como eu estaria.
– Está bem? – perguntei.
– É. E você, bem?
– Hu-hum.
Era melhor não mentir. Eu estava péssima.
– É melhor dar um jeito nisso aí. – Ele fez um sinal com a cabeça para sujeira na rua. Que nojo!
– O que? Quer que eu comece a limpar a rua?
Caramba! Você deve ter algum “superpoder” que possa limpar tudo isso, não?
Hesitei, mas quem sabe? Fechei os olhos e imaginei aquele lugar limpo, como esperava que estivesse antes de chegarmos, abri os olhos e a rua estava tão limpa que perdi o fôlego. Olhei para Sam com os olhos escancarados, ele ria tanto que me contagiou. Sentei na calçada e ficamos ali rindo por um bom tempo, até que achei que estávamos chamando atenção das pessoas que estavam passando. Afinal, Sam não ria. Ele gritava....
– É melhor procurarmos esse Departamento – disse, entre uma respiração cortante e outra.
– Que Departamento? Não me diga que entendeu o que o velhinho escreveu no livro!
– Milagrosamente, sim. Entendi. Tudo. Eu entendi!
Levantei-me de um salto e tentei prestar atenção nos nomes dos prédios. Sam fez o mesmo, cenho franzido e olhar preocupado.
– Não entendo nada! Está em latim!
Humanae Opes” “Popina Angelica”  “Facultatem legem”  Faculdade?!!!!
– O que está escrito? Não to entendendo nada!
– Palavras... Esperai...acho que... Centralis Ripam?! Tem banco no céu? Estamos no céu...? Ali, ali! – apontei para um prédio a alguns quilômetros de onde estávamos. Lá estava escrito em letras legíveis e em latim “Dicasterio Custos Angeli”. – Vamos! Vamos, Sam!
O puxei rua afora e seguimos até o pequeno prédio. Ele aparentemente era igual aos outros, fachada de vidros que estampavam o céu azul sem nuvens em cima, uma porta de vidros pretos com o batente de madeira. Empurramos e porta e entramos em uma pequena sala com sofás nos cantos, uma mesa de centro (obviamente no centro),  e algumas pessoas vestidas socialmente folheavam revistas (playboy?!). As paredes foram pintadas de azul marinho. Quadros foram expostos, cada um mais lindo que o outro. Seguimos até uma mulher loira que estava atrás de uma escrivaninha, trabalhando no computador e mexendo em alguns papeis. Imaginei que ela ia me mandar ir embora por interromper o seu trabalho, mas quando disse “Oi, moça” ela apenas me olhou espantada, como se estivesse visto um fantasma. Depois olhou para Sam e arregalou ainda mais olhos. Sam e eu nos entreolhamos como se disséssemos “fodeu”.
– Eu...hã...quem...como... – ela gaguejou.
– Eu sou Cathy Lohan, prazer. – Sorri, tentando acalmá-la, mas acho que meu nome a espantou ainda mais, porque ela se levantou da cadeira e correu para os fundos da sala. Entrou em uma porta e desapareceu.
– O que diabos...? – começou Sam, mas todos presentes na sala o encaram como se ele acabasse de declarar uma guerra. Os olhos de cada um mostravam medo ao olhar para mim, e raiva ao olhar para Sam.
Uma voz fina que infelizmente reconheci, veio por trás de nós.
– Ahhhh! Chegaram mais cedo! Ainda são 11:50! Venham, venham. Entrem!
Virei-me e deparei com a dona daquela voz fina e insuportável, mas que no momento senti alivio ao ouvi-la. Alice Lian estava postada perto de onde à secretária desapareceu há alguns segundos. Vestia um vestido branco de seda e um par de saltos incrivelmente altos nos pés. Os cabelos soltos, loiros e cacheados caiam até a cintura e ela tinha uma postura formal e despreocupada.
– É...Sam... – puxei-o pelo braço e seguimos Alice até o fim de um corredor. Entramos em um elevador e partimos para o quinto andar. Ela não perguntou nada sobre Sam, nem falou nada. Apenas cantarolava algo parecido com Jazz.
O elevador parou e mais um corredor, no final ela abriu a ultima porta e entramos em uma sala de paredes pintadas de cinza claro. Alice tinha quadros com suas próprias fotos emoldurando as paredes (sempre achei quem faz isso muito “cheio se si”),  a sala era até grande, uma escrivaninha, um sofá de couro preto, uma estante de livros e um amplo espaço para dançar (dançar?) no centro da sala. Grande o escritório.
Ela nos guiou até a escrivaninha, sentou em seu lugar e fez um gesto para que sentássemos em frente, nas duas cadeiras expostas. Obedecemos. Atrás dela podia se ver tudo lá fora, por causa dos vidros, e imaginei se ela não estava nos observando antes.
– Bem. Olá! – cumprimentou, como se de repente percebesse nossa presença. Que megera.
– Oi. – Dissemos em uníssono.
Alice se virou avaliando Sam. Ela tinha um sorriso malicioso. Argh!
– Sammy Louverder. Reparei que trouxe um humano contigo Catherine!
Dei de ombros, tentando parecer indiferente.
– Belo escritório. – Elogiei, tentando mudar de assunto. Não queria encrencas para Sam.
Ela se virou pra mim enquanto eu olhava as fotos dos quadros. Ela provavelmente não tinha namorado, nem família e nem nada, pois só tinha ela e ela ali.
– Hum, obrigada. Mas Sammy...
– Departamento de Anjos da Guarda, então? Bem interessante, e como é que funciona? Eu tenho um anjo da guarda? Cada humano tem o seu...?
– Cada família tem seu anjo da guarda. Você não tem um.
Suspirei. O que acontecia com que morava sozinho? pensei.
– Por que eu não tenho um?
Achei ter visto uma pontada de ódio na sua expressão, acho que eu estava falando demais.
– Porque você tem seu pai – resmungou. Ela voltou a sorrir e apontou com um gesto para Sam. – Por que o trouxe? Eu convidei você.
Sam se mexeu inquieto na cadeira, como ela se atrevia a falar assim com ele?!
– Ele veio me acompanhar...só isso. E alias, tudo que falar eu contarei a ele, não temos segredos um com o outro.
Alice fez uma careta de enjôo e mexeu nos seus papeis. Depois de alguns segundos ela os deixou de lado e se virou para mim, enquanto repousava em sua poltrona.
– Ontem não chegamos a lhe contar tudo sobre seu pai, Catheri...
– Cathy!
– Sim. Sim. Cathy. Tem mais coisas que você precisa saber.
– O quê, por exemplo?
Kom Igen! Bom, pra começar seu pai não está no céu. É, você está no céu, sim.
– Uau! – exclamou Sam. Ela o ignorou completamente.
– Onde ele esta...?
– Lúcifer está se reerguendo...Depois de dez mil anos, preso no inferno, a sua “gaiola” se abrirá, como num passe de mágica! E quem dera se esse fosse o único problema,  ele seqüestrou Miguel.
– O quê?! Como? Se ele está preso...
– Não é? – disse num suspiro alto. – Agora Miguel está preso na mesma gaiola que Lúcifer, os dois, na mesma gaiola! Oh!
– Mas... – começou Sam, mas ela o interrompeu.
– Vou lhe contar direitinho, sem interrupção, por favor.
“Há um mês atrás, Miguel disse a Mateus que ia a Terra à ‘uma missão’, vai saber! Disse que voltaria a noite,  aproximadamente. O.k., até ai normal. Mas então Miguel não voltou, esperamos por uma semana e nada. Ninguém sabia onde ele havia ido, e ninguém conseguia encontrá-lo. Então o nosso maior rastreador, Lusi, descobriu onde ele estava. É claro que uma coisa dessas só se faz em casos de emergência. Miguel deu ordens severas de não interferimos em sua vida. Então descobrimos que Miguel está no inferno. Preso. O por quê? Lúcifer foi esperto, muito esperto. Usou seu filho querido para invadir o céu e nos enganar, enganar a Miguel e o levar a uma armadilha. Mas creio eu, que os planos de Lúcifer não deram muito certo. Acho que ele não queria o irmão na mesma jaula, queria? Acho que não...e o filho dele? Um tremendo de um filho da.... – ela parou, respirou fundo e prosseguiu. – Ninguém sabe quem é, ele é poderoso. Talvez até mais que você, pois ele deve ter treinado seus dons como ninguém. E é claro que está a maior investigação, o céu está um caos: Miguel no inferno, a filha dele rondando por aí sem proteção, o filho de Lúcifer nos rondando...Ahhhh e é ai que chegamos a você. Porque – odeio ter que admitir isso. – precisamos de você.”
Engoli em seco, já sabendo o que vinha em seguida.
– Bem...só você vai conseguir tirar Miguel do inferno, sem que Lúcifer saia junto.
– O que?! Como?! Você acabou de dizer que os dez mil anos dele está acabando... esgotando-se...
– Sim, sim. Mas raciocina garota: se Miguel e você estiverem do mesmo lado, juntos quando...
Mas ela não conseguiu terminar a frase. Eduardo McLean entrou sem bater na sala, com um sorriso debochador no rosto e – aimeudeus – tão lindo que me tirou o fôlego. Ele usava uma jaqueta de couro preta, camiseta cinza em baixo e jeans preto. Os cabelos pretos bagunçados caiam sobre seu rosto, de um jeito...
– Perdoe-me pelo atraso Alice, tive alguns probleminhas pra resolver, nada grave... – ele deu uma piscadela pra mim e sentou-se no sofá atrás de nós. Alice disse algo como “tudo bem, tudo bem” e retomou ao assunto.
– Como dizia, se Miguel e você lutarem do mesmo lado, se estiverem juntos quando Lúcifer for libertado...bem, teremos muito mais forças para combatê-lo. Agora, se Lúcifer sair e Miguel continuar lá, por Deus, seria o fim do mundo.
Eduardo deu uma risadinha sarcástica atrás de nós e ouvi-o dizer, despreocupado.
– Isso não vai acontecer, não é Cathy? Vai salvar seu pai, não vai?
Vire-me para encará-lo e ele ainda sorria. Outra piscadela. Respirei fundo. Mantenha a calma, pensei. Vai ficar tudo bem.
– Hum? Como é que vou fazer isso? Não sei nem fazer arroz. – zombei.
Ele riu e se levantou,  circulando pela sala como quem bola um plano.
– Bom...eu posso ir com você...
– Pra onde? – Sam perguntou, reparei que ele olhava Eduardo com um olhar “vou te matar”. Meu Deus! Era só isso que me faltava...ciúmes.
– A procura dos Espíritos – respondeu. – Só eles nos dará as espadas. As três espadas, que juntas, abriram a gaiola de Lúcifer. Como tirar Miguel de lá sem que Lúcifer saia? Só a nossa deusa aqui sabe, só ela pode fazer isso...por isso, só você pode tirar seu pai de lá sem marcar a data do fim do mundo. Entende? É complicado. Mas eu vou com você! E Kristen e Dan podem ir também...uma missão! – ele se virou e um brilho de aventura cobria seu rosto.
– Eu vou também! – disse Alice, rapidamente.
– É melhor não – comentou Eduardo. – Cathy não parece gostar muito de você, e ah! Você tem que ficar...seu trabalho.
Alice praguejou em uma língua desconhecida e deu de ombros, vencida.
– Eu vou! – Me virei para olhar direito se era mesmo o Sam que estava dizendo aquilo, quase comecei a rir.
–  Ahhhh. Humanos não. Seu namoradinho fica, Cathy.
Lancei a Sam um olhar “Desculpe, desculpe, desculpe!” mas ele estava distraído demais olhando seus próprios pés.
– Mas... – comecei, mas Eduardo logo me interrompeu.
– Vai ser divertido. Você vai gostar da Kris e do Dan, eles são legais.
– Mas...
– E eu vou junto!
– Mas...não me interrompa! Nem sabemos onde estão essas coisas...esses espíritos. Nem sei onde começar...podemos morrer...não sei. Por que eu tenho que ir? Nem é necessário.
– É sim, senhorita. E se não quiser que a culpa seja toda sua quando o mundo de vocês estiver destruído, é melhor que venha. E pô, ele é seu pai!
– Ele nunca se importou comigo...
– Como acha que esta viva? Algum tipo de mágica, é?
– Não, mas...
Ele se aproximou de mim, levantou meu queixo para que me olhasse nos olhos. Era como se estivesse apenas nós ali.
– Ele ama você, Cathy. Ama. E ama muito. Faça isso por ele, está bem?
Desvencilhei-me de sua mão, sentido o olhar de Sam nos perfurando e recostei na cadeira...ia ou não? Era uma missão suicida.
– Você sabe onde estão essas coisas não, é? Sabe aonde vai nos meter?
– Sei. É claro.  
– E se morrermos...
– Não vou deixar que ninguém te machuque. Juro.
– Mas a Kris e o Dan, nem os conheço...
– Eles são anjos, sabem se cuidar melhor que você.
Deu um sorriso zombeteiro de quem ganhou a discussão, e me declarei vencida.
– Esta bem. Esta bem. Eu vou. Mas só se não tivermos que viajar tocando em livros...por Deus, aquilo é horrível! Quase vomitei minhas tripas!
Ele riu e tirou um celular do bolso.
– Kris? Chama Dan, temos uma aventura pela frente!


Por: Carol C., 
Cathy Lohan e os Espíritos da Morte

3 comentários:

  1. Carol, AMEI AMEI e AMEI!!
    Ta muito bom!
    E eu sinto que tem alguma coisa por tras desse namorado dela, sou desconfiada kkk
    E gostei do Eduardo *---*
    Espero ansiosa o proximo.
    Bjs AllSun

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  2. Ameiii, bom não fui muuuito com a cara do namorado dela
    tem algo ai
    e fico cada vez mais ansiosa pra saber o que vem pela frente
    esperando o próximo capitulo
    amo muuuito minhas unhas não deixe que eu acabe roendo elas

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  3. AMEI e tenho em mentes pessoas que podem ser o filho de Lucifer, mas nem em longe que e o Sam, não acho que poderia ser ele.
    Eu adorei o capitulo (:

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