– Onde é que você está indo, hein Cathy? – ouvi vó Lijia perguntar lá da cozinha. Já
estava na porta da sala tentando passar de fininho. Planos destruídos. – Você
já faltou à aula hoje e agora esta tentando fugir de casa sem explicações?
Volte aqui.
Não havia contado nada pra vó Lijia. Até por que, havia uma grande chance de ela ter algum
tipo de ataque e – por Deus! – falecer.
Voltei pra cozinha,
olhando para os pés. Que infantil.
– Sim? – perguntei.
– Por que não foi a aula hoje?
– Doença.
Eu tinha um encontro no período de aula...
– O que se tem, menina? – e me arrependi na mesma hora de
mentir ao ver vó Lijia com o olhar
todo preocupado.
Todos os problemas possíveis misturados, nada demais...
– Já passou, não era nada. Mas agora vou sair...
– Com quem?
...Sam!
– Lisa – o nome da minha amiga que vivia me visitando, e que
vó adorava foi o primeiro a passar na
minha cabeça. E me arrependi novamente de mentir ao ver o sorriso de “muito
bem” de vó.
– Bem...tudo bem então...estando com ela estará bem. Mas
volte cedo!
Se eu sobreviver...
– Claro, claro!
E me virei e sai gritando um “tchau” da porta da sala.
Sam esperava ao lado do elevador. Braços cruzados, sorriso bad-boy, jeans preto, camiseta branca e
all-star. Lindo!
– Oi. – Cumprimentei. Ele
me deu um selinho em resposta e entramos no elevador. Ficamos olhando um
pra cara do outro, sem saber o que fazer.
– Eai? – ele pergunta.
– Eai o quê?
– Onde estamos indo?
– No encontro com Alice, A Esquisita.
Ele sorri.
– Eu sei. Mas por que estamos descendo o elevador, se era
pra escrever o nome dela no livro?
Hesito.
– Hã...
– Cadê o livro? Dê ele aqui.
Tiro-o da bolsa e o entrego. Ele abre a primeira página e
tira uma caneta do bolso da camiseta. Só o Sam pra ter uma caneta no bolso da
camiseta.
– Qual o nome dela mesmo?
– Vamos agora?!
– O encontro não é pra hoje? – diz, rindo.
– Alice Lian – digo. – Talvez a gente tenha que estar de
mãos dadas...sabe, pra ir os dois.
– É. – Ele me dá o braço e eu o seguro. Sam pega a caneta. O
elevador para. Ele escreve “Alice”. As portas começam a abrir. Sam escreve
“Lian”. Tenho um vislumbre do saguão de
entrada e tudo fica escuro.
Meu estomago deve ter ficado no elevador, pois quando a
claridade veio, quase vomitei.
Estávamos em frente ao que pareceu ser um prédio de
escritório antigo, velho e acabado. Olhei ao redor, apreensiva, era uma rua
pequena, de construções antigas e abandonadas. Alias, estava tudo abandonado
ali. Algumas casas de madeira ao lado do prédio, outros prédios pequenos do
outro lado da rua. Não havia sinal de vida pela rua.
– Será aqui? – pergunta Sam, olhando também ao redor.
– É, vamos entrar nesse prédio ai – indiquei com a cabeça o
prédio a nossa frente. Havia muitas pichações,
mas até elas pareciam antigas.
Para nossa surpresa, havia um velhinho de barba branca e –
caramba! – terno e gravata sentado atrás de uma escrivaninha. O lugar estava
ainda mais feio e me perguntei o que levava uma pessoa a ir trabalhar naquela
solidão assustadora.
O velhinho de terno estava dormindo em uma cadeira, os pés
em cima da mesa e a boca aberta. Ele aparentava uns 60 anos de longe, mas ao
chegarmos mais perto, reparei que 80 anos cairia melhor.
Sam olhou para o velhinho e depois pra mim, pro velhinho,
pra mim, ao redor, pra rua, pra mim.
– Argh! Pare com isso! – gritei. O velhinho acordou de um
pulo ao ouvir meu grito e a risada de Sam. Ele nos encarou com um olhar que
dizia claramente “aqui não é creche pra crianças.”
– Ahhhh. Desculpe. Desculpe. Desculpe – disse, olhando ao
redor como se pensasse que veria monstros entrando para nos arrancar de lá aos
chutes.
– O que é que vocês querem? – perguntou, rispidamente. Ele
começou a ajeitar o terno e a se postar corretamente na cadeira.
– Viemos...
O que viemos fazer aqui? O problema é que eu não conseguia
dizer o nome de Alice. Só conseguia encarar aquele velho carrancudo, com medo.
Mas Sam me salvou, por toda a felicidade.
– Viemos ver Alice Lian.
O velho respondeu no mesmo tom de voz, de imediato.
– Não tem nenhuma Alice Lian aqui!
Sam mostra ao velho o livro. O velho balança a cabeça em um
movimento positivo. Havia entendido.
– Está bem. Está bem. Está bem! – repete. – Há alguns meses
não recebo visitas aqui.. e... – ele começou a resmungar algo incompreensível e
a folhear o livro.
Abriu na página: 86. Começou a escrever em latim e – não sei
como – entendi:
Dicasterio custos angeli
Departamento dos Anjos da Guarda? Brincadeira!
O Velho-Que-Eu-Não-Sabia-O-Nome entregou o livro de volta
para Sam e disse:
– Coloque sua mão no nome, menino – ordenou. – Se for levar
acompanhante é melhor que ela ai – apontou pra mim –, segure seu braço.
Sam assentiu e me deu o braço, como no elevador. Com a mão
ele segurou o livro e com a outra colocou sobre o nome. Não deu tempo nem de dizer
“obrigada” ao velhinho, e já estávamos mergulhando em uma escuridão
assustadora. Um clarão inundou nossos olhos e os fechei rapidamente. Uma náusea
e enjôo me pegaram de surpresa e de repente eu estava vomitando na minha
frente. Abri os olhos e vi Sam fazendo o mesmo. Que deselegante!
Olhei pra frente, algumas pessoas passavam e nos olhavam,
mas poucas, a maioria passava como se aquilo fosse normal.
Estávamos em um centro comercial. Prédios iguais. Homens
sérios de terno e gravata e mulheres de vestidos pretos sociais. A rua era tão
limpa que me arrependi amargamente de ter a sujado. Olhei pro Sam, ele estava
sentando na calçada, tão pálido que fiquei imaginando como eu estaria.
– Está bem? – perguntei.
– É. E você, bem?
– Hu-hum.
Era melhor não mentir. Eu estava péssima.
– É melhor dar um jeito nisso aí. – Ele fez um sinal com a
cabeça para sujeira na rua. Que nojo!
– O que? Quer que eu comece a limpar a rua?
– Caramba! Você
deve ter algum “superpoder” que possa limpar tudo isso, não?
Hesitei, mas quem sabe? Fechei os olhos e imaginei aquele
lugar limpo, como esperava que estivesse antes de chegarmos, abri os olhos e a
rua estava tão limpa que perdi o fôlego. Olhei para Sam com os olhos
escancarados, ele ria tanto que me contagiou. Sentei na calçada e ficamos ali
rindo por um bom tempo, até que achei que estávamos chamando atenção das
pessoas que estavam passando. Afinal, Sam não ria. Ele gritava....
– É melhor procurarmos esse Departamento – disse, entre uma
respiração cortante e outra.
– Que Departamento? Não me diga que entendeu o que o
velhinho escreveu no livro!
– Milagrosamente, sim. Entendi. Tudo. Eu entendi!
Levantei-me de um salto e tentei prestar atenção nos nomes
dos prédios. Sam fez o mesmo, cenho franzido e olhar preocupado.
– Não entendo nada! Está em latim!
“Humanae Opes” “Popina Angelica” “Facultatem
legem” Faculdade?!!!!
– O que está escrito? Não to entendendo nada!
– Palavras... Esperai...acho que... Centralis Ripam?! Tem banco no céu? Estamos no céu...? Ali, ali! –
apontei para um prédio a alguns quilômetros de onde estávamos. Lá estava
escrito em letras legíveis e em latim “Dicasterio
Custos Angeli”. – Vamos! Vamos, Sam!
O puxei rua afora e seguimos até o pequeno prédio. Ele
aparentemente era igual aos outros, fachada de vidros que estampavam o céu azul
sem nuvens em cima, uma porta de vidros pretos com o batente de madeira.
Empurramos e porta e entramos em uma pequena sala com sofás nos cantos, uma
mesa de centro (obviamente no centro), e
algumas pessoas vestidas socialmente folheavam revistas (playboy?!). As paredes
foram pintadas de azul marinho. Quadros foram expostos, cada um mais lindo que
o outro. Seguimos até uma mulher loira que estava atrás de uma escrivaninha,
trabalhando no computador e mexendo em alguns papeis. Imaginei que ela ia me
mandar ir embora por interromper o seu trabalho, mas quando disse “Oi, moça”
ela apenas me olhou espantada, como se estivesse visto um fantasma. Depois
olhou para Sam e arregalou ainda mais olhos. Sam e eu nos entreolhamos como se
disséssemos “fodeu”.
– Eu...hã...quem...como... – ela gaguejou.
– Eu sou Cathy Lohan, prazer. – Sorri, tentando acalmá-la,
mas acho que meu nome a espantou ainda mais, porque ela se levantou da cadeira
e correu para os fundos da sala. Entrou em uma porta e desapareceu.
– O que diabos...? – começou Sam, mas todos presentes na
sala o encaram como se ele acabasse de declarar uma guerra. Os olhos de cada um
mostravam medo ao olhar para mim, e raiva ao olhar para Sam.
Uma voz fina que infelizmente reconheci, veio por trás de
nós.
– Ahhhh! Chegaram mais cedo! Ainda são 11:50! Venham,
venham. Entrem!
Virei-me e deparei com a dona daquela voz fina e
insuportável, mas que no momento senti alivio ao ouvi-la. Alice Lian estava
postada perto de onde à secretária desapareceu há alguns segundos. Vestia um
vestido branco de seda e um par de saltos incrivelmente altos nos pés. Os
cabelos soltos, loiros e cacheados caiam até a cintura e ela tinha uma postura
formal e despreocupada.
– É...Sam... – puxei-o pelo braço e seguimos Alice até o fim
de um corredor. Entramos em um elevador e partimos para o quinto andar. Ela não
perguntou nada sobre Sam, nem falou nada. Apenas cantarolava algo parecido com Jazz.
O elevador parou e mais um corredor, no final ela abriu a
ultima porta e entramos em uma sala de paredes pintadas de cinza claro. Alice
tinha quadros com suas próprias fotos emoldurando as paredes (sempre achei quem
faz isso muito “cheio se si”), a sala
era até grande, uma escrivaninha, um sofá de couro preto, uma estante de livros
e um amplo espaço para dançar (dançar?) no centro da sala. Grande o escritório.
Ela nos guiou até a escrivaninha, sentou em seu lugar e fez
um gesto para que sentássemos em frente, nas duas cadeiras expostas.
Obedecemos. Atrás dela podia se ver tudo lá fora, por causa dos vidros, e
imaginei se ela não estava nos observando antes.
– Bem. Olá! – cumprimentou, como se de repente percebesse
nossa presença. Que megera.
– Oi. – Dissemos em uníssono.
Alice se virou avaliando Sam. Ela tinha um sorriso
malicioso. Argh!
– Sammy Louverder. Reparei que trouxe um humano contigo Catherine!
Dei de ombros, tentando parecer indiferente.
– Belo escritório. – Elogiei, tentando mudar de assunto. Não
queria encrencas para Sam.
Ela se virou pra mim enquanto eu olhava as fotos dos
quadros. Ela provavelmente não tinha namorado, nem família e nem nada, pois só
tinha ela e ela ali.
– Hum, obrigada. Mas Sammy...
– Departamento de Anjos da Guarda, então? Bem interessante,
e como é que funciona? Eu tenho um anjo da guarda? Cada humano tem o seu...?
– Cada família tem seu anjo da guarda. Você não tem um.
Suspirei. O que acontecia com que morava sozinho? pensei.
– Por que eu não tenho um?
Achei ter visto uma pontada de ódio na sua expressão, acho
que eu estava falando demais.
– Porque você tem seu pai – resmungou. Ela voltou a sorrir e
apontou com um gesto para Sam. – Por que o trouxe? Eu convidei você.
Sam se mexeu inquieto na cadeira, como ela se atrevia a
falar assim com ele?!
– Ele veio me acompanhar...só isso. E alias, tudo que falar
eu contarei a ele, não temos segredos um com o outro.
Alice fez uma careta de enjôo e mexeu nos seus papeis. Depois
de alguns segundos ela os deixou de lado e se virou para mim, enquanto
repousava em sua poltrona.
– Ontem não chegamos a lhe contar tudo sobre seu pai,
Catheri...
– Cathy!
– Sim. Sim. Cathy. Tem mais coisas que você precisa saber.
– O quê, por exemplo?
– Kom Igen! Bom,
pra começar seu pai não está no céu. É, você está no céu, sim.
– Uau! – exclamou Sam. Ela o ignorou completamente.
– Onde ele esta...?
– Lúcifer está se reerguendo...Depois de dez mil anos, preso
no inferno, a sua “gaiola” se abrirá, como num passe de mágica! E quem dera se
esse fosse o único problema, ele
seqüestrou Miguel.
– O quê?! Como? Se ele está preso...
– Não é? – disse num suspiro alto. – Agora Miguel está preso
na mesma gaiola que Lúcifer, os dois, na mesma gaiola! Oh!
– Mas... – começou Sam, mas ela o interrompeu.
– Vou lhe contar direitinho, sem interrupção, por favor.
“Há um mês atrás, Miguel disse a Mateus que ia a Terra à
‘uma missão’, vai saber! Disse que voltaria a noite, aproximadamente. O.k., até ai normal. Mas então
Miguel não voltou, esperamos por uma semana e nada. Ninguém sabia onde ele
havia ido, e ninguém conseguia encontrá-lo. Então o nosso maior rastreador,
Lusi, descobriu onde ele estava. É claro que uma coisa dessas só se faz em
casos de emergência. Miguel deu ordens severas de não interferimos em sua vida. Então descobrimos que Miguel está no inferno. Preso. O por quê?
Lúcifer foi esperto, muito esperto. Usou seu filho querido para invadir o céu e
nos enganar, enganar a Miguel e o levar a uma armadilha. Mas creio eu, que os
planos de Lúcifer não deram muito certo. Acho que ele não queria o irmão na mesma jaula, queria? Acho que
não...e o filho dele? Um tremendo de um filho da.... – ela parou, respirou
fundo e prosseguiu. – Ninguém sabe quem é,
ele é poderoso. Talvez até mais que você, pois ele deve ter treinado seus dons
como ninguém. E é claro que está a maior investigação, o céu está um caos: Miguel
no inferno, a filha dele rondando por aí sem proteção, o filho de Lúcifer nos
rondando...Ahhhh e é ai que chegamos a você. Porque – odeio ter que admitir
isso. – precisamos de você.”
Engoli em seco, já sabendo o que vinha em seguida.
– Bem...só você vai conseguir tirar Miguel do inferno, sem
que Lúcifer saia junto.
– O que?! Como?! Você acabou de dizer que os dez mil anos
dele está acabando... esgotando-se...
– Sim, sim. Mas raciocina garota: se Miguel e você estiverem do mesmo lado, juntos
quando...
Mas ela não conseguiu terminar a frase. Eduardo McLean
entrou sem bater na sala, com um sorriso debochador no rosto e – aimeudeus – tão lindo que me tirou o fôlego.
Ele usava uma jaqueta de couro preta, camiseta cinza em baixo e jeans preto. Os
cabelos pretos bagunçados caiam sobre seu rosto, de um jeito...
– Perdoe-me pelo atraso Alice, tive alguns probleminhas pra
resolver, nada grave... – ele deu uma piscadela pra mim e sentou-se no sofá atrás
de nós. Alice disse algo como “tudo bem, tudo bem” e retomou ao assunto.
– Como dizia, se Miguel e você lutarem do mesmo lado, se
estiverem juntos quando Lúcifer for libertado...bem, teremos muito mais forças para
combatê-lo. Agora, se Lúcifer sair e Miguel continuar lá, por Deus, seria o fim
do mundo.
Eduardo deu uma risadinha sarcástica atrás de nós e ouvi-o
dizer, despreocupado.
– Isso não vai acontecer, não é Cathy? Vai salvar seu pai, não
vai?
Vire-me para encará-lo e ele ainda sorria. Outra piscadela.
Respirei fundo. Mantenha a calma, pensei. Vai ficar tudo bem.
– Hum? Como é que vou fazer isso? Não sei nem fazer arroz. –
zombei.
Ele riu e se levantou,
circulando pela sala como quem bola um plano.
– Bom...eu posso ir com você...
– Pra onde? – Sam perguntou, reparei que ele olhava Eduardo
com um olhar “vou te matar”. Meu Deus! Era só isso que me faltava...ciúmes.
– A procura dos Espíritos – respondeu. – Só eles nos dará as
espadas. As três espadas, que juntas, abriram a gaiola de Lúcifer. Como tirar
Miguel de lá sem que Lúcifer saia? Só a nossa deusa aqui sabe, só ela pode
fazer isso...por isso, só você pode tirar seu pai de lá sem marcar a data do
fim do mundo. Entende? É complicado. Mas eu vou com você! E Kristen e Dan podem
ir também...uma missão! – ele se virou e um brilho de aventura cobria seu
rosto.
– Eu vou também! – disse Alice, rapidamente.
– É melhor não – comentou Eduardo. – Cathy não parece gostar
muito de você, e ah! Você tem que ficar...seu trabalho.
Alice praguejou em uma língua desconhecida e deu de ombros,
vencida.
– Eu vou! – Me virei para olhar direito se era mesmo o Sam
que estava dizendo aquilo, quase comecei a rir.
– Ahhhh. Humanos não.
Seu namoradinho fica, Cathy.
Lancei a Sam um olhar “Desculpe, desculpe, desculpe!” mas
ele estava distraído demais olhando seus próprios pés.
– Mas... – comecei, mas Eduardo logo me interrompeu.
– Vai ser divertido. Você vai gostar da Kris e do Dan, eles
são legais.
– Mas...
– E eu vou junto!
– Mas...não me interrompa! Nem sabemos onde estão essas
coisas...esses espíritos. Nem sei onde começar...podemos morrer...não sei. Por que
eu tenho que ir? Nem é necessário.
– É sim, senhorita. E se não quiser que a culpa seja toda
sua quando o mundo de vocês estiver destruído,
é melhor que venha. E pô, ele é seu pai!
– Ele nunca se importou comigo...
– Como acha que esta viva? Algum tipo de mágica, é?
– Não, mas...
Ele se aproximou de mim, levantou meu queixo para que me
olhasse nos olhos. Era como se estivesse apenas nós ali.
– Ele ama você, Cathy. Ama. E ama muito. Faça isso por ele,
está bem?
Desvencilhei-me de sua mão, sentido o olhar de Sam nos
perfurando e recostei na cadeira...ia ou não? Era uma missão suicida.
– Você sabe onde estão essas coisas não, é? Sabe aonde vai
nos meter?
– Sei. É claro.
– E se morrermos...
– Não vou deixar que ninguém te machuque. Juro.
– Mas a Kris e o Dan, nem os conheço...
– Eles são anjos, sabem se cuidar melhor que você.
Deu um sorriso zombeteiro de quem ganhou a discussão, e me
declarei vencida.
– Esta bem. Esta bem. Eu vou. Mas só se não tivermos que
viajar tocando em livros...por Deus, aquilo é horrível! Quase vomitei minhas
tripas!
Ele riu e tirou um celular do bolso.
– Kris? Chama Dan, temos uma aventura pela frente!
Por: Carol C.,
Cathy Lohan e os Espíritos da Morte
Carol, AMEI AMEI e AMEI!!
ResponderExcluirTa muito bom!
E eu sinto que tem alguma coisa por tras desse namorado dela, sou desconfiada kkk
E gostei do Eduardo *---*
Espero ansiosa o proximo.
Bjs AllSun
Ameiii, bom não fui muuuito com a cara do namorado dela
ResponderExcluirtem algo ai
e fico cada vez mais ansiosa pra saber o que vem pela frente
esperando o próximo capitulo
amo muuuito minhas unhas não deixe que eu acabe roendo elas
AMEI e tenho em mentes pessoas que podem ser o filho de Lucifer, mas nem em longe que e o Sam, não acho que poderia ser ele.
ResponderExcluirEu adorei o capitulo (: